Mesmo antes de sua estreia,
Avatar já era considerado um marco na história do cinema, por sua tecnologia avançada, desenvolvida durante dez anos com a ajuda do diretor James Cameron. Com as telas cada vez mais lotadas de filmes em 3D e cheios de efeitos incríveis, é ótimo ver uma obra que, por mais revolucionária que seja (e é), não deixa seus efeitos especiais maiores que a história.
Com quase três horas de duração, a primeira metade do filme nos apresenta aos personagens e ao deslumbrante planeta Pandora, com suas plantas estranhas e brilhantes, seus animais de cores fantásticas, suas árvores gigantescas, suas montanhas flutuantes, e aos Na'vi, a raça humanóide de quase três metros de altura, grandes olhos amarelos e pele azul, que amam seu planeta e sua natureza. É difícil não se apaixonar por Pandora enquanto Neytiri mostra seu mundo para Jake Sully, o militar paraplégico que, em seu avatar, passa três meses com o clã de Neytiri e é aceito como um deles. Portanto, entendemos perfeitamente que Jake, que tinha a missão de falar aos Na'vi que saíssem de sua árvore-lar para que os militares pudessem retirar um mineral valiosíssimo do solo, troque de lado e passe a defender os Na'vi contra os "homens do céu". Quando a ação começa, a morte ou o ferimento de cada personagem querido é sentida, e vibramos com os alienígenas a cada vitória.
Os efeitos especiais de Avatar são realmente fantásticos. Pandora e seus habitantes foram criados por computador, mas parecem tão reais quanto os humanos (a perfeição dos Na'vi é percebida especialmente na cena em que Neytiri salva o corpo humano de Jake). E James Cameron fez muito bem em não exagerar naquele tipo de cena que fica incrível em 3D mas torna o filme enfadonho quando visto em dvd, como algum personagem atirando algo em direção à plateia. Mesmo assim, Avatar é daqueles filmes que têm que ser vistos no cinema. Eu saí da sessão querendo ver de novo e achando 3D a coisa mais incrível do mundo.